Um blog de todos nós. Afinal, pintelhos todos temos... Uns mais, outros menos...

sábado, abril 24, 2004

Vou tentar...

Há alturas em que estragamos tudo, nós e eles, os outros.
Há alturas em que a nossa condição de seres pensadores só dificulta, e as coisas simples se tornam muito complicadas.
Há alturas em que uma conversa resolve tudo, mas há outras em que não conseguimos, em que as conversas só tornam as coisas piores, só transformam o desagradável em muito desagradável, em insuportável, em pesadelo.
E porque é que alguns de nós teimam em tentar fechar os olhos aos problemas, ou empurrá-los para outros, dizendo "tu é que o criaste"? Covardia? Eles dizem que não. Incómodo? Infelizmente eles existem nas nossas vidas de Pintelho, enredados entre nós. A vida, ela própria teima em ser incómoda, por vezes, e em pregar-nos este tipo de partidas que não nos deixam dormir. Ou deixam, mas um sono pobre.
Há alturas em que perdemos a razão quando pomos valores menores à frente dos maiores...
Quem me dera jogar bilhar com o meu pai, fazer figurinhas tristes, perder sem meter nenhuma bola no bolso, sem ter ninguém estúpido a chatear-me. Somos estúpidos. Não temos razão. E quem me dera não ter ninguém a armar-se em sabichão a dizer-me que os problemas são para ser debatidos, mas serei frustrado?
Mas quem me dera a mim debater os problemas, fazer uso da tal liberdade que chegou há trinta anos. Mas serei incoerente?
Escondemo-nos. Não mais tocaremos no assunto. E agora? Fazemos as pazes, mas será que não fica a cicatriz? Talvez não, se nunca mais utilizarmos a comunicação electrónica que, por vezes, por muitas vezes, dificulta a comunicação, talvez por cada um atribuir um significado subjectivo ao que o outro escreveu, mesmo que esse significado seja estapafúrdio e completamente errado. Talvez porque a "comunicação electrónica" não seja uma forma de comunicar. E nem nós nem eles temos a culpa por inteiro. A culpa é de sermos todos inteligentes, pensadores, e do outro, daquele que nem sequer sonha o que se passou por sua causa.
E agora? Já desabafei, já expus o problema, bem ou mal. E eles? Será que não guardam realmente ressentimento? Eu não guardo, apesar de me achar com razão... Ou com parte dela, sei lá. Não sei nada, nem quero saber... Quero a amizade!
Isto chegou a um ponto ao qual não devia, não podia, ter chegado! Apesar de asneiras cometidas... Ai... Suspiro. Hoje o Ivo vai fazer uma audição. Será à quinta que é de vez?

Pintelho

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