Tóning
Hoje, caros leitores do Pintelho, irei falar-vos de um fenómeno que, infelizmente, está a assolar o país: o tóning. Não, não é o tuning, é o tóning mesmo.
E qual é a diferença entre o tuning e o tóning? Enquanto que o tuning consiste em pegar no Honda Civic da família e puxá-lo até aos 440 cavalos (sim, é possível), o tóning consiste em fazer com que um pobre e inocente carro pareça que ande de caralho, mesmo que seja um trambolho velho (ESPECIALMENTE se for um trambolho velho). Para conseguir isto, os tónes (praticante do tóning) equipam o carro com adereços de plástico de cores berrantes em tudo o que é lado, jantes enormes, autocolantes estúpidos, escapes feitos de tubos de saneamento que fazem um barulho parecido com um porco a morrer e, se possível, luzinhas de natal a brilhar por todos os cantos e esquinas.
Mas o verdadeiro tóne não se fica por aqui e leva a transformação até ele mesmo: óculos escuros da feira, brinquinho, cabelo empastado em gel, t-shirt preta, chiclet omnipresente, calças de ganga que parece que presenciaram o 25 de Abril de 1974 e camisa desapertada são elementos que ajudam a criar o verdadeiro ambiente do tóning.
Mas há um aspecto que é tão essencial à vida dos tónes como a cannabis era ao Bob Marley: a gravação de um bombo a tocar incessantemente nas alturas no carro. Esta gravação pode sofrer algumas tentativas de ser disfarçada para passar despercebida como música.
Os alvos dos tónes são normalmente carros(?) velhos o suficiente para não valerem um chavo, recentes o suficiente para não serem considerados clássicos e, consequentemente, não valerem um chavo, e ainda pequenos o suficiente para não andarem um chavo (e também não valerem um chavo). Fiat Uno, Fiat Punto, Opel Corsa (1ª geração) e Seat Ibiza (1ª geração) estão entre as vítimas, perdão, alvos dos tónes.
No entanto, apesar de guiarem apenas chaços com pedaços de plástico pendurados, os tónes estão perfeitamente convencidos de que estão a guiar um veículo de competição e, em casos mais graves, que eles próprios são pilotos muito bons, sendo superiores a regras, respeito pela vida dos outros, possibilidade de usar os travões e incapacidade de absorver 15 finos seguidos.
Caramelo
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Hoje, caros leitores do Pintelho, irei falar-vos de um fenómeno que, infelizmente, está a assolar o país: o tóning. Não, não é o tuning, é o tóning mesmo.
E qual é a diferença entre o tuning e o tóning? Enquanto que o tuning consiste em pegar no Honda Civic da família e puxá-lo até aos 440 cavalos (sim, é possível), o tóning consiste em fazer com que um pobre e inocente carro pareça que ande de caralho, mesmo que seja um trambolho velho (ESPECIALMENTE se for um trambolho velho). Para conseguir isto, os tónes (praticante do tóning) equipam o carro com adereços de plástico de cores berrantes em tudo o que é lado, jantes enormes, autocolantes estúpidos, escapes feitos de tubos de saneamento que fazem um barulho parecido com um porco a morrer e, se possível, luzinhas de natal a brilhar por todos os cantos e esquinas.
Mas o verdadeiro tóne não se fica por aqui e leva a transformação até ele mesmo: óculos escuros da feira, brinquinho, cabelo empastado em gel, t-shirt preta, chiclet omnipresente, calças de ganga que parece que presenciaram o 25 de Abril de 1974 e camisa desapertada são elementos que ajudam a criar o verdadeiro ambiente do tóning.
Mas há um aspecto que é tão essencial à vida dos tónes como a cannabis era ao Bob Marley: a gravação de um bombo a tocar incessantemente nas alturas no carro. Esta gravação pode sofrer algumas tentativas de ser disfarçada para passar despercebida como música.
Os alvos dos tónes são normalmente carros(?) velhos o suficiente para não valerem um chavo, recentes o suficiente para não serem considerados clássicos e, consequentemente, não valerem um chavo, e ainda pequenos o suficiente para não andarem um chavo (e também não valerem um chavo). Fiat Uno, Fiat Punto, Opel Corsa (1ª geração) e Seat Ibiza (1ª geração) estão entre as vítimas, perdão, alvos dos tónes.
No entanto, apesar de guiarem apenas chaços com pedaços de plástico pendurados, os tónes estão perfeitamente convencidos de que estão a guiar um veículo de competição e, em casos mais graves, que eles próprios são pilotos muito bons, sendo superiores a regras, respeito pela vida dos outros, possibilidade de usar os travões e incapacidade de absorver 15 finos seguidos.
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