Dias que podiam nunca se passar
Regressei.
De uma bela viagem, de uma experiência fantástica. De um outro mundo. Regressei também de uma experiência de saudades dela. Experiência inédita que marca a nossa relação. Forte. Quatro dias apenas. Doentio, talvez...
Mas regressei para passar um dia demolidor. Um dia em que as minhas crenças foram postas à prova. Para um dia em que a comunicação falhou. Uma vez mais.
Sentir que se falha ao comunicar é sentir a condição de humanos em que vivemos. capazes de errar, mesmo quando o interlocutor é alguém que não queremos magoar, que conhecemos e amamos. Alguém com quem planeamos um reencontro que falha. Redondamente.
Alguém que sonhamos abraçar e com quem desejamos estar a sós.
Mas não podemos.
E quando o reencontro apenas vale pela beleza dos olhares, então perde muito do seu sentido.
Aí escorregamos na tentação de fazer desabar a frustração em cima do outro alguém.
E quando nenhum dos lados da corda cede, quando nenhum dos lados faz sequer passar a mensagem desejada, a tempestade que não devia haver marca um reencontro.
Em nome de deus. Um deus que, com o seu poder, não apenas causa guerras gigantes que matam números. Um deus que causa também batalhas em campos pequenos, do tamanho de colchões.
Sem sangue. Com lágrimas.
O poder da Páscoa é este. Provocar choros desnecessários em dias de alegrias.
É também o poder de separar as pessoas. Por mais um dia - dois, se excluirmos este dia que desejava não ter existido, dia em em que o poderio da maioria catóica me assombrou em todo o seu explendor, e me oprimiu. Deprimiu.
E eu que tanto queria conseguir pertencer a essa maioria e ter fé. Não seria assim mais fácil suportar a dor que todos sofremos, dor que me engole a cada dia?
Não consigo. Deus não me procura e eu não o encontro. Acredito.
... Que não existe ...
Vou dormir. Amanhã acordo melhor, e tal...
Depois teço-vos o meu relatório londrino, perhaps in english, if you enjoy so.
Pintelho
De uma bela viagem, de uma experiência fantástica. De um outro mundo. Regressei também de uma experiência de saudades dela. Experiência inédita que marca a nossa relação. Forte. Quatro dias apenas. Doentio, talvez...
Mas regressei para passar um dia demolidor. Um dia em que as minhas crenças foram postas à prova. Para um dia em que a comunicação falhou. Uma vez mais.
Sentir que se falha ao comunicar é sentir a condição de humanos em que vivemos. capazes de errar, mesmo quando o interlocutor é alguém que não queremos magoar, que conhecemos e amamos. Alguém com quem planeamos um reencontro que falha. Redondamente.
Alguém que sonhamos abraçar e com quem desejamos estar a sós.
Mas não podemos.
E quando o reencontro apenas vale pela beleza dos olhares, então perde muito do seu sentido.
Aí escorregamos na tentação de fazer desabar a frustração em cima do outro alguém.
E quando nenhum dos lados da corda cede, quando nenhum dos lados faz sequer passar a mensagem desejada, a tempestade que não devia haver marca um reencontro.
Em nome de deus. Um deus que, com o seu poder, não apenas causa guerras gigantes que matam números. Um deus que causa também batalhas em campos pequenos, do tamanho de colchões.
Sem sangue. Com lágrimas.
O poder da Páscoa é este. Provocar choros desnecessários em dias de alegrias.
É também o poder de separar as pessoas. Por mais um dia - dois, se excluirmos este dia que desejava não ter existido, dia em em que o poderio da maioria catóica me assombrou em todo o seu explendor, e me oprimiu. Deprimiu.
E eu que tanto queria conseguir pertencer a essa maioria e ter fé. Não seria assim mais fácil suportar a dor que todos sofremos, dor que me engole a cada dia?
Não consigo. Deus não me procura e eu não o encontro. Acredito.
... Que não existe ...
Vou dormir. Amanhã acordo melhor, e tal...
Depois teço-vos o meu relatório londrino, perhaps in english, if you enjoy so.
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