Um blog de todos nós. Afinal, pintelhos todos temos... Uns mais, outros menos...

segunda-feira, março 08, 2004

Dissertação sobre a mulher

Uma colega minha dizia, numa conferência sobre a mulher, que se sentia com sorte por ter nascido no período que atravessamos.
É acerca do pensamento da minha colega que eu gostava de dissertar, no dia Mundial da Mulher.

Se por um lado a minha colega não deixa de ser sortuda pelos direitos que as mulheres têm vindo a adquirir ao longo dos últimos anos, não deixa de ser, por outro lado, azarada, também. Senão, vejamos:
Às mulheres continuam a ser feitas, aquando das ofertas de emprego, imposições do género "Nos primeiros cinco anos não podes ter filhos. Caso contrário vais para a rua!".
Sessenta e sete por cento da força de trabalho mundial é constituída por mulheres. No entanto, apenas 13% dos salários anuais são atribuidos a mulheres. Isto significa que, em muitas culturas, as mulheres trabalham sem receber, e noutras, como na nossa, infelizmente, não há iguais salários para mulheres que desempenham iguais cargos aos dos homens.
Quando a primeira mulher muçulmana falou na emancipação feminina, foi queimada viva, por ter retirado o véu em frente a uma assembleia de homens. Hoje em dia, anda-se com o véu.
Quando um homem morre, em certas aldeias da Índia, a mulher é cremada viva junta com o corpo do homem.
Em muitas culturas, como na nossa, um filho do sexo masculino é sempre mais benvindo que uma filha.
0% dos representantes do F.M.I. são mulheres, e 3% dos cargos de chefia de estado dos países membros das Nações Unidas são ocupados por mulheres.
Numa altura em que se fala em igualdade de direitos, esquece-se que as mulheres e os homens são, contudo, seres não só fisica como psicologicamente diferentes, e exige-se não uma igualdade de direitos mas uma transformação das mulheres em homens. Tomemos o exemplo de Margaret Tatcher. Tinha mais características masculinas que femininas, mas só assim conseguiu atingir o topo. Igualdade de direitos não significa igualdade de psiquismos. O ideal de igualdade de direitos deve ser encarado tendo em conta as diferenças entre os sexos. As mulheres e os homens têm preocupações naturais diferentes. O ideal seria, portanto, que mulheres e homens, em plena igualdade, desempenhassem os papéis dentro do seu corpo e não encarando a realidade como um mundo em que se tem que parecer com um homem.
Há lugar para homens e mulheres. Complementamo-nos todos, no fundo, mas tal qual somos, homens como homens e mulheres como mulheres, em cooperação, coisa que ainda não acontece. As mulheres têm que se pôr na pele de um homem se querem atingir objectivos a que se propôe.
As mulheres podem e devem desempenhar um papel importante na sociedade. São precisas mais mulheres a ocupar cargos de chefia e de relevo. São precisas mulheres a intervirem activamente na sociedade, mais mulheres na política, com as suas preocupações e pontos de vista específico, para pôr esta sociedade de homens no lugar.
Contudo, estudos realizados apontam para que, a este ritmo, apenas daqui a cerca de 500 anos seja atingida a plena igualdade de direitos proposta pela corrente híbrida, em todo o mundo.
Com este post, talvez a igualdade seja conseguida mais cedo, quem sabe, e deixem de ser necessários dias como este, em que, além de se lembrar a importância e a beleza da Mulher, se lembra também que há ainda um longo caminho a percorrer e que as mulheres nascidas hoje ainda não são, de modo algum, sortudas.
Vivam as Mulheres!

Pintelho

P.S.
Às mulheres -> Não sejam conformistas, mudem as mentalidades! Avante!
Aos homens -> É muito bonito dizer que se é a favor da igualdade de direitos, mas em vossas casas, como é que pôe em prática essa igualdade? Pois, a maioria continua a ter uma escrava em casa, não é?

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