Um blog de todos nós. Afinal, pintelhos todos temos... Uns mais, outros menos...

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

O enigma da Semana

Especialmente inspirado pelo Caramelo, esta semana decidi optar por um enigma matemático em detrimento de um enigma lógico. E mais, decidi desafiar o Caramelo a poupar-me algum trabalho e a responder, de hoje a uma semana, ele próprio ao enigma, dando-nos a sua palavra de honra que o resolveu sem a ajuda dos pais.
Aceitas Caramelo?

Aqui vai a historinha, para gerar ambiente:

Um navio que voltava de Ceilão, trazendo grande partida de especiarias, foi assaltado por uma violenta tempestade. A embarcação teria sido destruída pela fúria das ondas se não fosse a bravura e o esforço de três marinheiros que, no meio da tormenta, manejaram as velas com extrema perícia. O comandante, querendo compensar os denodados marujos, deu-lhes um certo número de moedas. Esse número, superior a duzentos, não chegava a trezentos. As moedas foram colocadas numa caixa para que no dia seguinte, por ocasião do desembarque, o almoxarife as repartisse entre os três corajosos. Aconteceu, porém, que, durante a noite, um dos marinheiros acordou, lembrou-se das moedas e pensou: "Será melhor que tire a minha parte. Assim não terei ocasião de discutir ou brigar com os meus amigos." E, sem nada dizer aos companheiros, foi, pé ante pé, até onde se encontrrava o dinheiro. Dividiu-o em três partes iguais, mas notou que a divisão não era exacta e sobrava uma moeda. "Por causa desta mísera moeda é capaz de haver amanhã discussão e rixa. É melhor deitá-la fora." E o marinheiro atirou a moeda ao mar, retirando-se cauteloso. Levada a sua parte, deixava no mesmo lugar a que cabia aos companheiros. Horas depois, o segundo marinheiro teve a mesma idéia. Foi à arca em que se encontrava o prémio colectivo e dividiu-o em três partes iguais. Mais uma vez, sobrava uma moeda. Ao marujo, para evitar futuras dúvidas, veio à lembrança atirá-la ao mar. E daí voltou, levando consigo a parte a que se julgava com direito. O terceiro marujo, ignorando por completo a antecipação dos colegas, teve o mesmo alvitre. Levantou-se de madrugada e foi, pé ante pé, até à caixa das moedas. Dividiu as que lá encontrou em três partes iguais. A divisão não foi exacta. Sobrou uma moeda. Não querendo complicar o caso, o marujo atirou ao mar a moeda excedente, retirou a terça parte para si e voltou, tranquilo, para o seu leito. No dia seguinte, na ocasião do desembarque, o almoxarife do navio encontrou um puhado de moedas na caixa. Soube que essas moedas pertenciam aos três marinheiros. Dividiu-as em três partes iguais, dando a cada um dos marujos uma dessas partes. Ainda dessa vez a divisão não foi exacta. Sobrava uma moeda, que o almoxarife guardou como paga do seu trabalho e da sua habilidade. É claro que nenhum dos marinheiros reclamou, pois cada um deles estava convencido de que já havia retirado da caixa a parte que lhe cabia do dinheiro.

E a questão do Pintelho é:
Quantas eram as moedas e quanto recebeu cada um dos marinheiros?

Pintelho

P.S. Não é difícil. Enviem a resolução pelo e-mail do Pintelho. Caramelo, conto contigo!

|
Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!