Cumprimentos
Bem a propósito desta posta do Boss, acabei de passar por um conhecido, apenas conhecido, cuja cara já mal recordava, que me cumprimentou na rua. Trocámos "olás" e "Como vais?" e cumprimentámo-nos. Aperto de mão.
Larguei-lhe a mão e ele continuou com a dele pendente. Falámos e achei esquisita a posição em que ele mantinha a mão, como que à espera de novo cumprimento.
Tanto olhei para a mão que ele me esclareceu: "Estou à espera de um cumprimento como deve ser, apertar a mão, forte, e abanar...".
Claro que voltei a cumprimentar o rapaz, que penso chamar-se Luís. Apertei, "abanei", e ele: "Assim, sim. Como a velha tradição!".
Aposto que, não tivesse ele a pasta A2 debaixo do braço, e dava o tal "abraço". Esse que demonstra afecto entre dois amigos, ou conhecidos, no caso, esse que parece esquecido pelos jovens.
Conclusão: Afinal, há quem ainda se lembre e faça questão de honrar cumprimentos que datam de antes do seu nascimento (penso que o rapaz tem dezasseis anos).
Eis um daqueles que o Boss pode considerar um bom exemplo. Há quem deixe essas convenções (estúpidas) sociais que dizem que Não lhes basta ser, têm que parecer(heterossexuais) de lado e demonstre mesmo o seu afecto pelo do mesmo sexo.
Há quem ainda, apesar de ter nascido em tempo ingrato, consiga mostrar sentimentos sem parecer demasiado estúpido ou inibido. Aprovado.
Contudo, tenho que admitir que tal atitude me bofeteou com o efeito surpresa. Não estava à espera, nos tempos que correm...
Pintelho
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Bem a propósito desta posta do Boss, acabei de passar por um conhecido, apenas conhecido, cuja cara já mal recordava, que me cumprimentou na rua. Trocámos "olás" e "Como vais?" e cumprimentámo-nos. Aperto de mão.
Larguei-lhe a mão e ele continuou com a dele pendente. Falámos e achei esquisita a posição em que ele mantinha a mão, como que à espera de novo cumprimento.
Tanto olhei para a mão que ele me esclareceu: "Estou à espera de um cumprimento como deve ser, apertar a mão, forte, e abanar...".
Claro que voltei a cumprimentar o rapaz, que penso chamar-se Luís. Apertei, "abanei", e ele: "Assim, sim. Como a velha tradição!".
Aposto que, não tivesse ele a pasta A2 debaixo do braço, e dava o tal "abraço". Esse que demonstra afecto entre dois amigos, ou conhecidos, no caso, esse que parece esquecido pelos jovens.
Conclusão: Afinal, há quem ainda se lembre e faça questão de honrar cumprimentos que datam de antes do seu nascimento (penso que o rapaz tem dezasseis anos).
Eis um daqueles que o Boss pode considerar um bom exemplo. Há quem deixe essas convenções (estúpidas) sociais que dizem que Não lhes basta ser, têm que parecer(heterossexuais) de lado e demonstre mesmo o seu afecto pelo do mesmo sexo.
Há quem ainda, apesar de ter nascido em tempo ingrato, consiga mostrar sentimentos sem parecer demasiado estúpido ou inibido. Aprovado.
Contudo, tenho que admitir que tal atitude me bofeteou com o efeito surpresa. Não estava à espera, nos tempos que correm...
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