Esquisito
É. Estou romântico.
É assim que se passa uma tarde deliciosa. Um colchão bem suave, por cima dos lencóis, que a meio da Primavera só estorvam. Acaricío-te.
Passando as mãos pelo cabelo do outro, há beijos, abraços, mimos, muitos mimos, mas disseram-me que atrás da bonança vem a tempestade. Ou foi ao contrário? Não sei. Não estou cá, estou lá, naquele mundo que parece um conto de fadas.
Lá fora, o sol brilha, mas por cá trava-se uma feroz batalha. Com os dentes, arranco-te a camisola. Ou és tu que me tiras a minha, e isso não são dentes, nem unhas, mas são os dedos dos pés? Sei lá bem... No calor da batalha não nos é permitid pensar, reflectir, e nem sequer percepcionar o que nos enovlve. Temos que nos entregar, em nome de um deus Amor.
Abraços, beijos... É a guerra total. Uma guerra em que nenhum sairá vencido. Ganhas tu, ganho eu... Suspiramos, embiragados numa confusão de sentidos, sentimentos e sensações que nos entopem, que nos preenchem os espaços... Mas quais espaços?
Trégua. A tua cabeça no meu peito, o meu braço sobre o teu... Descansamos.
Gritos de guerra como "Amo-te", "Quero-te", e afins quebram a trégua. Rebenta uma nova batalha, mais mortífera. Os corpos confundem-se num só, desparecendo os limites de cada um.
Somos um.
É a guerra. Há gemidos. Sendo a guerra, serão de dor. Mas continuas a gemer. Não é dor. Só se for a dor causada por tanto prazer. Pode acontecer? São alguns minutos que parecem um segundo, e...
Silêncio. Acabou. Os corpos jazem, imóveis. Estamos mortos. De prazer...??
Nesta guerra, como na anterior, só houve vencedores.
No rescaldo, alguns beijos mais... Uns abraços, umas carícias pelas curvas dos corpos molhados.
Será que houve vítimas nesse campo de batalha que é o teu corpo? Só os meus beijos que no teu peito morreram, doces e felizes!
Agora penso. Se é possível a dois, porque não é assim em todo o mundo? Que bom que seria se as guerras não tivessem vencidos, nem omrtes, e se o único fruto delas fosse o prazer... Nesse caso, eu seria o primeiro a pedir ao mundo para viver em guerra.
Pintelho
Eu avisei... Risquem este post. Façam de conta que não existiu!
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É. Estou romântico.
É assim que se passa uma tarde deliciosa. Um colchão bem suave, por cima dos lencóis, que a meio da Primavera só estorvam. Acaricío-te.
Passando as mãos pelo cabelo do outro, há beijos, abraços, mimos, muitos mimos, mas disseram-me que atrás da bonança vem a tempestade. Ou foi ao contrário? Não sei. Não estou cá, estou lá, naquele mundo que parece um conto de fadas.
Lá fora, o sol brilha, mas por cá trava-se uma feroz batalha. Com os dentes, arranco-te a camisola. Ou és tu que me tiras a minha, e isso não são dentes, nem unhas, mas são os dedos dos pés? Sei lá bem... No calor da batalha não nos é permitid pensar, reflectir, e nem sequer percepcionar o que nos enovlve. Temos que nos entregar, em nome de um deus Amor.
Abraços, beijos... É a guerra total. Uma guerra em que nenhum sairá vencido. Ganhas tu, ganho eu... Suspiramos, embiragados numa confusão de sentidos, sentimentos e sensações que nos entopem, que nos preenchem os espaços... Mas quais espaços?
Trégua. A tua cabeça no meu peito, o meu braço sobre o teu... Descansamos.
Gritos de guerra como "Amo-te", "Quero-te", e afins quebram a trégua. Rebenta uma nova batalha, mais mortífera. Os corpos confundem-se num só, desparecendo os limites de cada um.
Somos um.
É a guerra. Há gemidos. Sendo a guerra, serão de dor. Mas continuas a gemer. Não é dor. Só se for a dor causada por tanto prazer. Pode acontecer? São alguns minutos que parecem um segundo, e...
Silêncio. Acabou. Os corpos jazem, imóveis. Estamos mortos. De prazer...??
Nesta guerra, como na anterior, só houve vencedores.
No rescaldo, alguns beijos mais... Uns abraços, umas carícias pelas curvas dos corpos molhados.
Será que houve vítimas nesse campo de batalha que é o teu corpo? Só os meus beijos que no teu peito morreram, doces e felizes!
Agora penso. Se é possível a dois, porque não é assim em todo o mundo? Que bom que seria se as guerras não tivessem vencidos, nem omrtes, e se o único fruto delas fosse o prazer... Nesse caso, eu seria o primeiro a pedir ao mundo para viver em guerra.
Pintelho
Eu avisei... Risquem este post. Façam de conta que não existiu!
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