Ary dos Santos
Venho do blogue da Ju com vontade de citar Ary dos Santos.
Penso num poema adequado, e reparo que, apesar da Páscoa ter terminado, este é aquele que melhor ilustra a minha posição face à religião, às relgigiões.
E ainda por cima é polémico, para que os leitores sedentos de sangue, de uma guerra escrita nos meandros do Haloscan, possam deste post retirar o que procuram!
Ecce Homo
Desbaratamos deuses, procurando
Um que nos satisfaça ou justifique.
Desbaratamos esperança, imaginando
Uma causa maior que nos explique.
Pensando nos secamos e perdemos
Esta força selvagem e secreta,
Esta semente agreste que trazemos
E gera heróis e homens e poetas.
Pois Deuses somos nós. Deuses do fogo
Malhando-nos a carne, até que em brasa
Nossos sexos furiosos se confundam,
Nossos corpos pensantes se entrelacem
E sangue, raiva, desespero ou asa,
Os filhos que tivermos forem nossos.
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Venho do blogue da Ju com vontade de citar Ary dos Santos.
Penso num poema adequado, e reparo que, apesar da Páscoa ter terminado, este é aquele que melhor ilustra a minha posição face à religião, às relgigiões.
E ainda por cima é polémico, para que os leitores sedentos de sangue, de uma guerra escrita nos meandros do Haloscan, possam deste post retirar o que procuram!
Ecce Homo
Desbaratamos deuses, procurando
Um que nos satisfaça ou justifique.
Desbaratamos esperança, imaginando
Uma causa maior que nos explique.
Pensando nos secamos e perdemos
Esta força selvagem e secreta,
Esta semente agreste que trazemos
E gera heróis e homens e poetas.
Pois Deuses somos nós. Deuses do fogo
Malhando-nos a carne, até que em brasa
Nossos sexos furiosos se confundam,
Nossos corpos pensantes se entrelacem
E sangue, raiva, desespero ou asa,
Os filhos que tivermos forem nossos.
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