Um blog de todos nós. Afinal, pintelhos todos temos... Uns mais, outros menos...

domingo, maio 02, 2004

Blasting Underground Metal Fest Chapter I

Já acabou. Saldo superpositivo. Parabéns à organização, por um evento em que as bandas deram o seu melhor, apesar de o público ter começado frio, com medo de se aproximar do palco onde actuavam os Godiva, tendo sido o vocalista da banda obrigado a pedir que se aproximassem pois "está tão frio!". O primeiro concerto da noite aqueceu a casa, bastante composta.
A casa tinha uma altura bastante superior à recomendável. Uma sala de recitais, com uns cinco metros de altura, deformou o som, naquele que terá sido o pior (mas não demasiado grave) problema da noite. Havia uma malha para colocar, mas infelizmente os bombeiros não cederam a escada. Foi pena.
Os organizadores, The Ransack, banda de death metal oriunda de Barcelos, foram os segundos a actuar, numa altura em que, devido aos atrasos de algumas bandas aquando do soundcheck, já o atraso era de duas horas.
Foi bonito. Não esperava tanta dedicação da banda e tanta perfeição e profissionalismo. A surpresa mais positiva da noite. Muito bom. Excelente, diria mesmo. Serviu para aquecer, fazer muito head banging e, sobretudo, iniciar as hostilidades do mosh (não, uma crítica tão positica não se prende com o facto de eles serem meus amigos, não... De longe!).
A mesa dos comes e bebes por esta altura já estava atulhada de gente insaciável, com sede de música e fome de espectáculos.
Os terceiros, Demon Dagger, a oresença bracarense no festival, banda desse grande senhor da guitarra que dá pelo nome de Vitor Hugo Carvalho. Um excelente concerto, marcado pela negativa apenas pelo som. Devido à altura da sala, a bateria era demasiado amplificada, ficando o volume das guitarras bastante mais baixo que o desejável.
Entre concerto havia sempre a hipótese de se deslocar ao espaço de merchandising, com discos, adereços e camisolas das bandas em cartaz.
Os portuenses Holocausto Canibal foram os quartos. A banda de grindcore fez aquilo que melhor sabe fazer: provocar o caos entre o público. Simplesmente fantástico. Só não houve destruição da sala porque não havia nada a destruír e porque, apesar de tudo, há um espírito que não deixaria tal coisa suceder.
Foi após o concerto mais quente da noite (não necessariamente o meu favorito, não sou fã de grindcore), que chegaram os problemas.
ThanatoSchizo, banda que preferiu dormir na carrinha a fazer soundcheck durante a tarde, sobe ao palco para preparar o material. Levam uma cabeça de um amplificador apenas, tendo de se servir do amplificador dos Ransack. Ligam a cabeça à coluna em estéreo. A coluna é só uma, só pode ser ligada em mono. Pum! Alguém tem que pagar o conserto. Optam por tocar só com um guitarrista. Tocam uma música, aparecem os problemas. O amplificador e/ou a guitarra, por azar, têm problemas, também. O concerto não se realizou. A banda ainda tentou. Parabéns pela preserverança!
Sacred Sin, a banda mais consagrada e internacional do cartaz, prepara-se para fechar a noite, num concerto que promete ser difícil, dado o cansaço dos presentes, que já se encontram espalhados pelo chão, sentados. Apesar de tudo, a banda deu o seu melhor e começou a levantar toda a gente. Foi um excelente concerto, com a tal nota negativa da não participação do público.

Podia estar aqui a escrever uma extensa conclusão sobre o festival, mas não o vou fazer. Organizado por jovens, com um cartaz de qualidade e um preço apesar de tudo acessível, só peço para que ao Chapter I se siga o Chapter II, o Chapter III, o Chapter IV... Muito bom!

Pintelho

No rescaldo, um estrondoso torcicolo. Abanei-me demais, mas há muito tempo (desde Dream Theater), que não vivia uma noite assim. Fantástica!

|
Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!