Psicanálise aplicada às preferências desportivas dos leitores
Chegou a altura de aplicar psicanálise aos gostos dos meus leitores. É que, como ficou provado aquando da psicanálise aos gostos pelos desenhos animados, nenhuma preferência é por acaso. Por isso resolvi aplicar a psicanálise também aos gostos desportivos de cada um dos meus leitores.
Com esta análise espera-se conhecer os leitores um pouco mais em profundidade, desvendar as suas pulsões inaceitáveis, os seus desejos mais libidinosos, que são projectados nas preferências desportivas.
Uma curiosidade a que cheguei, ao analisar os desportos com bola é que, na sua maioria, todos têm como objectivo o estranho feito de colocar as bolas nos buracos. Algo completamente surreal. Mas prefiro analisar desporto a desporto, mesmo correndo o risco de me repetir, pois alguns dos desejos manifestam-se de modos diferentes, embora sendo desejos iguais.
Assim, comecemos pelo basquetebol.
Basquetebol: O desporto de eleição do Kyle é um dos desportos mais conhecidos do público em geral. Contudo, para analisar este gosto, não começaria pelo basquetebol, mas pelo nome. Kyle é o nome de uma das principais personagens da série South Park. O judeu. Judeu que, salvo erro grave, mal tem que comer. E é obviamente pelo sentimento de subprotecção, em busca de carinho e amor que o nosso leitor se refugia numa alcunha do género. Mas, alcunhas aparte, o basquetebol. O basquetebol é um desporto de topo no que toca a revelações das paneleirices. Consiste em agarrar as bolas com as mãos. Driblar. Lançar. Enfiar a bola no buraco. Comecemos então a análise. Agarrar uma bola de basquete, das rijas, nas mãos, é uma pura manifestação de homossexualidade. De facto, o inaceitável objecto de tais pulsões seriam uns testículos humanos, cheios de esperma. Contudo, e como moralmente, acariciar uns testículos de homem seria inaceitável, a bola é o novo objecto pulsional. O drible, por seu lado, é um acto semi-másculo. Semi, porque só um panilas consegue tocar em bolas que não as suas. Másculo porque bater as bolas dos outros contra o chão é uma demonstração de agressividade e dureza, tipicamente masculinas. O lançamento é um acto mais controverso. Se por um lado manifesta o desejo de se ver livre da bola, ou seja, de eliminar o adversário masculino, pode, por outro lado, e em certos casos, significar um desejo de abandono da sua condição de homem. Bolas, para longe, é o lema de tais rabilós. O grande mistério, até hoje, é o objectivo do jogo. Enfiar a bola. Creio que é uma grande demonstração de virilidade. De facto, os basquetebolistas são duros na cama. Não se contentam com a penetração peniana, como querem também que as bolas entrem juntas. A questão que se põe é: Será o buraco masculino ou feminino?
Body combat: O desporto de eleição da caxopa não tem muito de pulsional expresso. Praticado como uma forma de alívio do stress e de fuga às agressões do dia-a-dia, este desporto de luta serve como escoador para libertação das energias acumuladas. A única pulsão eventualmente latente em tal acto, e isto apenas por se tratar de uma mulher, é um certo desejo de ser masculino. Não confundir com lesbianismo. Nada disso. Aliás, a mulher gosta de espancar outras mulheres, provavelmente como projecção de uma luta pela posse de um macho. Falo em masculinidade porque historica e cientificamente, os machos da nossa espécie são mais agressivos e tendentes à luta. Enfim, talvez o caso desta leitora escape ao domínio da psicanálise. Um caso de excesso de testosterona, creio eu.
Culturismo: O culturismo é o desporto do Ventura. Um desporto quase totalmente masculino, relacionado com a necessidade de ter um corpo possante e másculo, com a necessidade de poder físico, este desporto tem também alguns pontos bastante apaneleirados. Comecemos pelo fato dos culturistas. É um autêntico fato-de-banho feminino. Revela-nos, sem dúvida, algum gosto por ser mulher ou, pelo menos, em se vestir como elas. O pormenor de se levantar os pesos por ferros cilíndricos, bastante fálicos, revela uma certa bissexualidade. De um lado, o corpo possante, agradável às umlheres. Do outro lado, o fálico ferro, objecto pulsional.
Temos um post que já vai longo, e é por isso que deixo a consulta em stand-by. Aos três analisados e a todos os que se possam rever com a análise, espero que este texto vos ajude a conhecerem-se melhor e a alterar o que acham ser negativo ans vossas vidas. Aos que ainda aguardam a consulta, espero que a sala de esperas seja boa. Aos que ainda não me expuseram seus casos, sintam-se à vontade. Ainda hoje hei-de continuar as consultas, mas só mais logo.
O doutor:
Pintelho
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Com esta análise espera-se conhecer os leitores um pouco mais em profundidade, desvendar as suas pulsões inaceitáveis, os seus desejos mais libidinosos, que são projectados nas preferências desportivas.
Uma curiosidade a que cheguei, ao analisar os desportos com bola é que, na sua maioria, todos têm como objectivo o estranho feito de colocar as bolas nos buracos. Algo completamente surreal. Mas prefiro analisar desporto a desporto, mesmo correndo o risco de me repetir, pois alguns dos desejos manifestam-se de modos diferentes, embora sendo desejos iguais.
Assim, comecemos pelo basquetebol.
Basquetebol: O desporto de eleição do Kyle é um dos desportos mais conhecidos do público em geral. Contudo, para analisar este gosto, não começaria pelo basquetebol, mas pelo nome. Kyle é o nome de uma das principais personagens da série South Park. O judeu. Judeu que, salvo erro grave, mal tem que comer. E é obviamente pelo sentimento de subprotecção, em busca de carinho e amor que o nosso leitor se refugia numa alcunha do género. Mas, alcunhas aparte, o basquetebol. O basquetebol é um desporto de topo no que toca a revelações das paneleirices. Consiste em agarrar as bolas com as mãos. Driblar. Lançar. Enfiar a bola no buraco. Comecemos então a análise. Agarrar uma bola de basquete, das rijas, nas mãos, é uma pura manifestação de homossexualidade. De facto, o inaceitável objecto de tais pulsões seriam uns testículos humanos, cheios de esperma. Contudo, e como moralmente, acariciar uns testículos de homem seria inaceitável, a bola é o novo objecto pulsional. O drible, por seu lado, é um acto semi-másculo. Semi, porque só um panilas consegue tocar em bolas que não as suas. Másculo porque bater as bolas dos outros contra o chão é uma demonstração de agressividade e dureza, tipicamente masculinas. O lançamento é um acto mais controverso. Se por um lado manifesta o desejo de se ver livre da bola, ou seja, de eliminar o adversário masculino, pode, por outro lado, e em certos casos, significar um desejo de abandono da sua condição de homem. Bolas, para longe, é o lema de tais rabilós. O grande mistério, até hoje, é o objectivo do jogo. Enfiar a bola. Creio que é uma grande demonstração de virilidade. De facto, os basquetebolistas são duros na cama. Não se contentam com a penetração peniana, como querem também que as bolas entrem juntas. A questão que se põe é: Será o buraco masculino ou feminino?
Body combat: O desporto de eleição da caxopa não tem muito de pulsional expresso. Praticado como uma forma de alívio do stress e de fuga às agressões do dia-a-dia, este desporto de luta serve como escoador para libertação das energias acumuladas. A única pulsão eventualmente latente em tal acto, e isto apenas por se tratar de uma mulher, é um certo desejo de ser masculino. Não confundir com lesbianismo. Nada disso. Aliás, a mulher gosta de espancar outras mulheres, provavelmente como projecção de uma luta pela posse de um macho. Falo em masculinidade porque historica e cientificamente, os machos da nossa espécie são mais agressivos e tendentes à luta. Enfim, talvez o caso desta leitora escape ao domínio da psicanálise. Um caso de excesso de testosterona, creio eu.
Culturismo: O culturismo é o desporto do Ventura. Um desporto quase totalmente masculino, relacionado com a necessidade de ter um corpo possante e másculo, com a necessidade de poder físico, este desporto tem também alguns pontos bastante apaneleirados. Comecemos pelo fato dos culturistas. É um autêntico fato-de-banho feminino. Revela-nos, sem dúvida, algum gosto por ser mulher ou, pelo menos, em se vestir como elas. O pormenor de se levantar os pesos por ferros cilíndricos, bastante fálicos, revela uma certa bissexualidade. De um lado, o corpo possante, agradável às umlheres. Do outro lado, o fálico ferro, objecto pulsional.
Temos um post que já vai longo, e é por isso que deixo a consulta em stand-by. Aos três analisados e a todos os que se possam rever com a análise, espero que este texto vos ajude a conhecerem-se melhor e a alterar o que acham ser negativo ans vossas vidas. Aos que ainda aguardam a consulta, espero que a sala de esperas seja boa. Aos que ainda não me expuseram seus casos, sintam-se à vontade. Ainda hoje hei-de continuar as consultas, mas só mais logo.
O doutor:
Pintelho
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