Um blog de todos nós. Afinal, pintelhos todos temos... Uns mais, outros menos...

domingo, janeiro 30, 2005

Chupa-chupas

Hoje far-se-à história na história deste que é um histórico blogue para a histórica blogosfera portuguesa. Pronto, admito que este início de post com tanta história foi forçado, muito forçado. Acho que eu daria um bom político.

O facto é que, pela primeira vez na história (outra vez a palavra H, mas desta não vou entrar em trocadilhos) deste blog, o texto me envergonha completamente, como já irão compreender. Quer dizer, pensando bem... Qualquer texto deste blog me envergonha, mas este em especial é bom na sua função.

Estava eu, naquele fatídico dia em que a segunda parte da minha análise ao ovo Kinder se esfumou aquando da publicação, a escrevê-la, quando dou por mim a olhar para o lado. Para uma embalagem. Contendo um enorme, gigantesco e rosado... chupa-chupa. Tinha-me chegado às mãos vindo directamente de uma festa de anos de uma infanta da minha púbica família. Não que eu quisesse o apaneleirado alimento. Longe de mim. Mas ele estava lá, mesmo à minha beira, a chamar por mim.

Continuei a escrever - Pintelho, tens que ser mais forte que essa coisa rota que dá pelo roto nome de chupa-chupa (olha outra vez a brincadeira com as palavras, que giro).

Continuei a escrever... Parei. Peguei no chupa-chupa e comecei a desembalá-lo, enquanto pensava: O que me pode acontecer se lambusar esta coisa? Nunca ninguém há-de saber o que eu fiz, nem o que eu penso sobre chupa-chupas. Eu não seria estúpido ao ponto de contar!

Ai não?! O problema é que sempre fui incapaz de mentir e de esconder terriveis segredos. E já na altura o sabia.

Passemos à descrição da coisa: Vermelho, com uns cinco centímetros de altura (pau gigantesco de suporto excluído) e outros tantos de largura. Dois milímetros de espessura. O formato de um coração, com uma flor e uma bola de açucar colorido embutidas. Portanto, o verdadeiro alimento de Sócrates, Paulo Portas, entre outroz.
Epá, sim. Admito que esta última frase foi muito má. Não devia entrar em polémicas deste tipo. É que nem todos consideram o chupa-chupa um alimento.

Continuando, dei por mim de chupa na boca, a lambê-lo com deleite, pensando no seu doce sabor.
O problema é que para mim, como tudo na vida, o chupa-chupa não passa de uma metáfora sexual para um pénis. Um pénis moldado através da nobre arte do origami genital até parecer um coração.
O nome: chupa-chupa. É impressão minha ou "chupa-chupa" é a expressão mais utilizada nas partes orais dos filmes porno? E o que custa pensar que fui eu que lambi o dito chupa-chupa - vulgo pénis metaforizado.
O sabor: Açúcar. É que era escusado. Obviamnte o açúcar está associado ao prazer, ao deleite, e qual é o homem que pensa que chupar é doce? Um apaneleirado artista, é que só pode. "Shame on me".
E continuaria, fazendo referências a outros pormenores sórdidos da minha aventura de coração na mão. Mas não me irei envergonhar mais. Seria demasiado penoso para mim admitir que lambia com vigor glossiano (falo caro, meus amigos... Falo do verbo falar!) o dito chupa-chupa, passeando docemente a língua sobre a superfície da apaneleirada guloseima. Seria também demasiado penoso revelar o quão vigoroso era o meu acto de agarrar do pau (metafórico, como tudo na vida) que suportava o chupa. É que me custa admitir que aquilo me deliciava mesmo.
E depois há o pormenor de aquilo ficar tudo lambusado e peganhento. Amigos: é que lembrava mesmo o após... Bem, o após... Isso. Após.
Fôsgasse, mais uma vez. Não consegui mentir. Nem omitir pormenores. Afinal não daria um bom político. Político que não mente não é politico. Mas vale a pena votar em alguém que não mente, não é? - Claro que tinha de terminar o post de modo forçado, como comecei, aproveitando algo muito pouco relacionado para pedir o vosso voto em mim.

Pintelho (de reputação arruinada para todo o sempre)

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