Um blog de todos nós. Afinal, pintelhos todos temos... Uns mais, outros menos...

segunda-feira, maio 17, 2004

O tempo por a quem ele escasseia

Pois, amigos. Estava a gostar muito da discussão abaixo (façam favor de a continuar, mas sem sangue) mas, e para cumprir a minha fama de assíduo, vim aqui postar sobre o conceito que mais falta me faz actualmente: o tempo!




Será que se compra? É que se se comprasse, eu seria um bom comprador, por estas alturas. Mas consta que nem sequer existe, como é que o posso comprar?
O tempo não deixa de ser uma invenção pela necessidade humana de controlar o mundo. Assim, podemos datar (seja lá o que isso for) um acontecimento determinado, controlnado am História e regulando o nosso próprio tempo. O tempo auto-regula-se?
Contudo, eu não consigo apalpar o tempo, sendo um conceito abstracto. Mas, mesmo abstracto, será que existe? Nós podemos sentir a liberdade, mas... o tenpo?!
Esquisito. Até sentimos, bem o sei, quando nos apertam entre duas datas como me apertaram a mim, mas... o que são as datas, se não marcas precisas no abstracto tempo, representações simbólicas de determinada necessidade de cumprimento de dever?
E o tempo. É cíclico, ou linear? Será que o tempo existiu sempre?
Porquê um início e um fim? Também são conceitos como o tempo. Será que o Universo tem origem precisa no tempo? Será mesmo que tem origem? Porquê?
Na antiguidade, o tempo era visto de forma linear, contínua, com princípio e fim. Prova disso mesmo são as ampulhetas, verdadeiras obras de arte na marcação e contagem do tempo linear.
Actualmente, o tempo é visto de forma cíclica. Olhem para o pulso, ou para a parede, ou para qualquer local onde exista um relógio de ponteiros! O minuto e a hora não passam de meros ciclos. Assim o são os dias, meses, anos... São ponteiros que se movem sucessivamente mais lentamente!
E porque é que as pessoas dividem o tempo em dias, só porque ao dia físico se sucede a noite física e, portanto, passa um dia cronológico? E os meses, e os anos, e os milénios...?
Quem questiona o tempo, questiona qualquer medida, obviamente. É cómodo quantificarmos tudo, bem o sei, e agradável. Mas será que tudo quanto queremos quantificar é passível de ser quantificável? A inteligência, as estrelas, a dimensão do universo? A velocidade, a intensidade, a distância...?

Bem, o que eu sei, após esta posta que foi só uma série de questões, é que os limites que tenho para fazer determinadas acções se estão a esgotar e que, portanto, tenho que vos deixar.
Fica aqui em baixo uma caixa de comentários limpinha e, após esta seca que vos dei, podem retomar a discussão futebolística que eu acho muito interessante. Afinal, ver o mundo girar à volta de uma bola tão relativamente pequena (lá estamos nós a medir, comparando) constitui uma visão interessante, quase comparável à visão geocentrista do Universo, na Idade Média.

Pintelho

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