O mundo desfocado
O meu mundo está desfocado.
A nitidez de outrora desapareceu.
Não distingo pormenores, apenas formas. Formas de gente, de coisas, de valores e ideais. Esboços imperfeitos e inacabados do que deveria ser o mundo perfeito, acabado.
Vejo com pouca clareza. Aproximo-me. Os olhos desfocam. Afasto-me. É supérflua a visão que tenho. E agora? Resta-me o ouvido. Ouço muito, e muito bem. Música, da minha preferência, de preferência. Ouço também o que não quero. Ouço os sons de um mundo que a cada dia se torna mais violento e inacessível. Um mundo que, de tanto girar em torno de um imaginário eixo ligeiramente inclinado, ficou confuso, tonto, louco.
Voltando à visão. Que visão? Não vejo. Não vejo bem. Vejo mal. Uma névoa apenas daquilo que devia ver, como via até ontém, e hei-de voltar a ver amanhã...
Malditas as gotas que o oftalmologista me deitou para dilatar a pupila... É, amanhã já tenho os olhos no sítio! Só espero que este texto não siga com erros!
Pintelho
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A nitidez de outrora desapareceu.
Não distingo pormenores, apenas formas. Formas de gente, de coisas, de valores e ideais. Esboços imperfeitos e inacabados do que deveria ser o mundo perfeito, acabado.
Vejo com pouca clareza. Aproximo-me. Os olhos desfocam. Afasto-me. É supérflua a visão que tenho. E agora? Resta-me o ouvido. Ouço muito, e muito bem. Música, da minha preferência, de preferência. Ouço também o que não quero. Ouço os sons de um mundo que a cada dia se torna mais violento e inacessível. Um mundo que, de tanto girar em torno de um imaginário eixo ligeiramente inclinado, ficou confuso, tonto, louco.
Voltando à visão. Que visão? Não vejo. Não vejo bem. Vejo mal. Uma névoa apenas daquilo que devia ver, como via até ontém, e hei-de voltar a ver amanhã...
Malditas as gotas que o oftalmologista me deitou para dilatar a pupila... É, amanhã já tenho os olhos no sítio! Só espero que este texto não siga com erros!
Pintelho
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