Fazem de nós burros?
Hoje à tarde passei por uma situação no mínimor desconfortável.
Eu clarifico-vos as ideias, como, aliás, os donos do pobre animal que vos vou apresentar deviam querer fazer com as mentes mais iluminadas como a do Pintelho (aqui, introduzam um reflexo de tosse, por favor).
Foi num centro comercial, numa loja de animais, que vi, colado num aquário, um anúncio, com a foto de uma cachorrinha, em que se podiam ler frases como "Estou perdida" ou "Se me encontrarem, contactem os meus donos".
Francamente, quem terá sido o pouco iluminado génio da lâmpada que redigiu tal anúncio? Trata-se de tratar a humanidade abaixo de cão. Será que os donos da pobre cadela, que não tem culpa de estar perdida, pensam que os outros Homo sapiens são irracionais?! Então será que eles pensam que nós vamos mesmo acreditar que a cadela redigiu o texto pela própria pata? Enganam-se redondamente. É característica da espécie humana a racionalidade. Sejámos racionais. Pensemos. Um cão não sabe escrever, nem formar frases, pelo menos em linguagem simbólica humana.
Sinceramente... "Estou perdida"? Seria mais sensato "Perdemos a nossa cadela", não?
Acontece que eu estava profundamente enganado.
Passados cinco minutos, num café logo ao lado, dei de caras com a canídea. Jornal estendido em cima da mesa, a segurar num cigarro com uma pata, a falar ao telemóvel com outra. Captei um excerto de uma citação em que, mais ou menos, ela disse "... eu bem pus o anúncio, mas os donos não querem saber de mim... Sinto-me triste. Sinto saudades deles, apesar de agora não ter de andar a fazer figuras de cão, a ladrar, a correr atrás de bolas para as entregar e os estúpidos voltarem a atirar, fazendo de mim anormal... ...Também não tenho mais de roer ossos que acabam por ficar completamente babados!"
Digam-me, queridos leitores. Será que os donos da cadela iam gostar de a ver como eu a vi? Então porque precipitam as coisas?
Fiquei perplexo.
Moral da estória: Não vejam filmes de ficção científica a mais.
Pintelho
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Eu clarifico-vos as ideias, como, aliás, os donos do pobre animal que vos vou apresentar deviam querer fazer com as mentes mais iluminadas como a do Pintelho (aqui, introduzam um reflexo de tosse, por favor).
Foi num centro comercial, numa loja de animais, que vi, colado num aquário, um anúncio, com a foto de uma cachorrinha, em que se podiam ler frases como "Estou perdida" ou "Se me encontrarem, contactem os meus donos".
Francamente, quem terá sido o pouco iluminado génio da lâmpada que redigiu tal anúncio? Trata-se de tratar a humanidade abaixo de cão. Será que os donos da pobre cadela, que não tem culpa de estar perdida, pensam que os outros Homo sapiens são irracionais?! Então será que eles pensam que nós vamos mesmo acreditar que a cadela redigiu o texto pela própria pata? Enganam-se redondamente. É característica da espécie humana a racionalidade. Sejámos racionais. Pensemos. Um cão não sabe escrever, nem formar frases, pelo menos em linguagem simbólica humana.
Sinceramente... "Estou perdida"? Seria mais sensato "Perdemos a nossa cadela", não?
Acontece que eu estava profundamente enganado.
Passados cinco minutos, num café logo ao lado, dei de caras com a canídea. Jornal estendido em cima da mesa, a segurar num cigarro com uma pata, a falar ao telemóvel com outra. Captei um excerto de uma citação em que, mais ou menos, ela disse "... eu bem pus o anúncio, mas os donos não querem saber de mim... Sinto-me triste. Sinto saudades deles, apesar de agora não ter de andar a fazer figuras de cão, a ladrar, a correr atrás de bolas para as entregar e os estúpidos voltarem a atirar, fazendo de mim anormal... ...Também não tenho mais de roer ossos que acabam por ficar completamente babados!"
Digam-me, queridos leitores. Será que os donos da cadela iam gostar de a ver como eu a vi? Então porque precipitam as coisas?
Fiquei perplexo.
Moral da estória: Não vejam filmes de ficção científica a mais.
Pintelho
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