Um blog de todos nós. Afinal, pintelhos todos temos... Uns mais, outros menos...

segunda-feira, julho 12, 2004

Poesia javarda

Há certas ocasiões em que vários elementos se conjugam, proporcionando um raro momento de inspiração javarda, à la Pipi.

De facto, um desses raros momentos aconteceu ontém. A má-disposição, aliada ao sono, proporicionou o momento javardo. A inspiração, essa, veio do grupo de amigos, junto a um monumento religioso conhecido vulgarmente como as "pirâmides", a tocar djambé e a conversar. O contacto com a natureza, os americanos tentando vender LSD líquido, o disco comprado em segunda mão, tudo alvo de chacota, foram como a cereja no topo do bolo.
Propuseram-me tentar um momento javardo de quadras populares. Aceitei, mesmo sabendo que a qualidade das quadras populares seria muito difícil de igualar, e compus algumas quadras que sou incapaz de não partilhar convosco. Peço-vos que imaginem o acompanhamento rítmico do djambé, num ritmo acelerado e quente, enquanto recito as quadras. As quadras:

Pintelha do meu coração
Minha razão de viver
Anda comigo p'rá cama
Anda comigo foder

Moedas, meu grande amigo
Teu cabelo é belo e comprido
Se tu abrisses o cu
Eras logo todo fodido

Eu vejo árvores verdes
Eu vejo um céu como o mar
Caralho o que me custa mais
É estar para aqui a rimar

Pierre, ò baterista
Toca aí no djambé
Esses teus ritmos doces
Deixam-mo logo de pé

Monteiro que estás calado
És um amigo bem bom
Mas de estares sentado
Ficas com dor no colhão

O americano maluco
Queria droga vender
O que estava com ele
Anda-lhe o cu a comer

O LSD era líquido
É uma droga perigosa
Tal qual a minha gaita
Que é bastante famosa.

...
...
...


De onde estas vieram, sairam muitas mais caros leitores.
De certo, nunca mais olharão para o Pintelho com os mesmos olhos, pois não?
Sou ou não sou um artista??

Pintelho (o poeta)

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