Um blog de todos nós. Afinal, pintelhos todos temos... Uns mais, outros menos...

domingo, novembro 28, 2004

Compras, comprinhas...

Não, camaradas, ainda não estou afectado pelo espírito natalício, e este post não é apenas para dizer que já fiz as compras para oferecer na quadra que para mim só vale como celebração da família e apelo ao consumismo.

Este post vem na sequência de este outro aqui colocado em longínquos dias de Janeiro e de uma saída com a Pintelha que se queixava de falta de roupa. Eu nunca me queixei a ela "Ó filha hoje tens roupa a menos... Veste-te lá...". Parvo. Claro que por mim, para mim, a quero mesmo sem roupa. E não é que a púbica fêmea foi comprar um gorro? Já não basta tapar-me as mamocas e o rabo, até os lindos e encaracolados cabelos ela tapa? Um dia destes namoro com uma freira... Bãh! Mas estou a divagar.

Quanto ao tema Saldos, tratado em tempos. Na altura recebi críticas que me acusavam de só estar a ver a coisa pelo lado dos homens, e que as mulheres, apesar das cenas... Enfim, ficavam por aqui pois não havia argumentos contra os factos que relatei.
Ainda não leram? Está aqui... Corram... Mas voltem!

Mas, e não é que realmente as mulheres que me criticaram têm a sua razão?
Aproveitando a calmaria que se sente em época de não-saldos, pude colocar-me na pele de observador, e... observar.
Passa-se com os homens que, mesmo sendo as mulheres a fazer as compras de roupa, nas lojas de pronto-a-vestir, eles são capazes de fazer cenas pela inactividade, ou pela forçada actividade. Que é que pensam? A barriguinha de cerveja custa a manter, não há cá exercício desnecessário, não vá ela escapar-se...

O facto é que é interessante ver as figurinhas que os exemplares do género masculino fazem quando vão com as mulheres às compras. Fixemos a nossa atenção nas figuras-tipo:

O paciente
A primeira bestialidade que encontramos ao entrar numa loja de roupa feminina é o paciente.
Não há muito a dizer sobre ele e isso é que o torna interessante. Ele não faz nada. Limita-se a esperar, com cara de animal, que a mulher faça as suas compras. Pensa que a roupa é um bem supérfluo, mas quando vê que a mulher usa um decote desagradável enche-a de puta, ao que ela, como ainda tem um quasi-neurónio, responde: "Viesses comigo provar a roupa! Aí é que podias dar a tua opinião!" E tem razão. É que para vestir a peça que quer experimentar, tem que primeiro se despir, e convém ao homem estar por perto para descansar os olhos...
Bem... Depende das mulheres... E penso que, se um dia resolver estudar qual a mulher do paciente, encontrarei aí a solução. É que ela não é atraente. È feia, gorda, e tem as mamas descaídas. Só assim eu não queria estar no provador com ela...
Por último, é de destacar que a zona dos pacientes está estrategicamente colocada à entrada das lojas, visível de fora das mesmas, e tem sempre bancos confortáveis e música. Tudo isto é pensado ao pormenor. É que um local agradável a uma grande percentagem de homens (os casados com as feias), visível de fora, traz muita mulherada ao estabelecimento... Não raras vezes ouvi: "Ó amorzinho, xuxu da minha vida... Olha além a Mischka, tem roupa bonita... E tem banquinho para mim e... Anda! Lá posso esperar!". e aí entra uma cliente acompanhada por um homem que foi atraído pelas estratégias comerciais da empresa.

O simpático
A segunda figura-tipo masculina que encontramos facilmente nas lojas-base deste estudo é o simpático.
Também tem uma barriguinha a manter (é homem, caralho!), e sabe que o esforço intelectual queima energias, pelo que limita o seu vocabulário de compras ao "Sim, docinho de cajú!". Este homem acompanha a mulher nas compras, mas isto porque ela usa barba, e se ele não a segue leva de colher-de-pau em casa... E não é na cara...
Tipicamente, a conversa entre os casais com este tipo de homens é:
"Olha, amor, esta camisola fica-me bem?"
"Sim, docinho de cajú!"
"Mas não achas que me faz as mamas grandes demais?"
"Sim, docinho de cajú!"
"Ai achas?"
"Sim, docinho de cajú!"
"Então não gostas, é?!"
"Sim, docinho de cajú!"
"Foda-se, que incoerente... Logo vais levar com a colher de pau no cú... Às vezes parece que gostas... Gostas, é?"
"Sim, docinho de cajú!"
De notar que o homem não responde às perguntas, porque nem as ouve. Com as horas passadas nas compras com a mulher, o espécime já foi condicionado a responder esta frase sempre que o tom de voz da fêmea seja interrogativo. De facto, o quasi-meio-neurónio do homem está a viajar por entre montes e vales... de uma qualquer Pamela que viu no Sexy Hot na noite anterior, à rebelia da esposa.

E, por último:
O observador
Todos os não-pacientes-não-simpáticos são, invariavelmente, observadores. Isto digo eu porque... Não encontrei nenhum homem de fora destas duas categorias... E... Como sou homem...
Não. Não tenho barriguinha e queimei energias a pensar enquanto a Pintelha se lembrava de comprar um gorro... Bãh... Até o cabelo...

Pintelho

Ainda não acredito... Um gorro?!

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