Um blog de todos nós. Afinal, pintelhos todos temos... Uns mais, outros menos...

quarta-feira, dezembro 22, 2004

É Natal, é Natal... Mas sem porcarias destas, pá!

Andava eu, sossegadito da vida, e com a minha Pintelha do coração (foi ela que pediu para que a mencionasse, enfim... Vaidades!) a fazer as últimas compras de Natal (mãe Pintelha, prepara-te!), na minha terrinha pacata, cidade na qual a sexualidade é tabú, pois claro (nem todas as cidades se podem gabar de ter um Cónego Melo fascista com direito a uma estátua, que felizmente nunca chegou a ser colocada), cidade onde Freud não passou para espalhar a palavra da sexualidade, quando me deparei com as iluminações de Natal...
Pronto, eu admito que já as tinha visto e a ideia para este post já me ocorreu há uns dias atrás, mas é muito mais emocionante fazer de conta que foi só hoje!
Continuando...
Deparei-me, estupidamente, com as iluminações de Natal, que achei, francamente, pobres (obrigado senhor Engenheiro Mesquita Machado). Claro que, na maldita hora em que as vi, logo Freud se apoderou do meu id, subvertendo quaisquer tentativas do superego de o controlar de alguma forma, pelo que, automaticamente, analisei a criativa (em tempos, diria creativa, para ser mais criativo) iluminação oferecida pelo Engenheiro, responsável último pela magnifica imagem que se segue, à luz da psicanálise:




Queridíssimos (este adjectivo e respectivo grau superlativo absoluto sintético são cortesia do meu púbico espírito natalício... Aproveitem!) leitores, eis a revelação da verdadeira sexualidade expressa pelo Presidente da autarquia bracarense, nesta iluminação com que nos brinda:
Comecemos pelo geral, e particularizemos depois. O conjunto de lâmpadas patentes na figura representam, para o comum dos mortais, uma vela ardente, enfeitada por azevinho, com um halo de luz à volta. Contudo, para o perspicaz psicanalista, a fantasia natalícia é tudo menos isso... De facto, é a sexualidade à tona da água, pela criatividade artística.
A vela, evidentemente, é a representação do desejo presidencial por um falo enorme e brilhante de óleo. O Engenheiro quer um falo no seu halo... Isto porque o halo representa, sem margem para dúvidas, o ânus de Mesquita Machado, por incrivelmente nojenta que a imagem de termos o cú do presidente espalhado pelas ruas pareça. E o halo pisca, leitores. Eu sei que na imagem não pisca... Mas isso é porque a imagem é apenas isso... Uma representação estática da realidade! Pisca porque o presidente queria representar com isso o movimento de penetração... O halo aceso significa que o falo está fora, o halo apagado está-o porque o falo, após penetrar, o tapa completamente, pelo que deixa adivinhar que o desejo presidencial é oriundo de África. Ai, o mito do pénis africano! Invejo os homens que não precisam de se esforçar para convencer as mulheres de seus atributos.
Continuando, e concentrando-nos na gaita. Esta apresenta uma chama, representativa do orgasmo atingido aquando da penetração. É porco, eu sei, mas são os desejos de Mesquita. De facto, se repararmos com atenção, este é o segundo orgasmo, pois o primeiro já é pretérito, mas deixou os seus vestígios sob a forma de cera derretida pela vela abaixo. O Presidente quer mesmo uma noite de borguice com o africano!
Quanto ao azevinho, esse, não é totalmente uma referência sexual mas passa, pelo menos parcialmente, por uma homenagem. A sexualidade primeiro: As três bolas. Três porquê? Porque simbolizam três testículos que, em sendo um desejo irreal, se concretizam em dois, mas bem grandes e cheios de esperma. Quem sabe a noite não continua após os dois orgasmos já expressos? O tamanho das bolas também é importante porque, e no caso concreto, realça o tamanho do órgão masculino, do dito caralho. African size.
Em suma, e como conclusão deste texto psicanalítico, há um ensinamento a retirar: o mesmo cú que caga para os cidadãos bracarenses será este Natal múltiplas vezes penetrado por um vergalho africano!

Pintelho

Olá! Mas pensam que me esquecia?! Nãh! Lembram-se da dita homenagem? É que as folhas do azevinho, de facto, representam os Pintelhos do africano. Mas não por serem do africano. Estão lá para homenagear a principal e mais célebre figura da cidade de Braga, o autor deste texto. Obrigado Engenheiro Mesquita Machado.

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