Psicanálise no café ou A demência II
Pois é, caros leitores.
Eu sei que sim...
Sei que, de facto, este texto vem com um atraso quasi-quasi-incomensurável, mas o certo é que vem.
E o importante é vir... Vir é que sabe bem, ou não fosse este texto uma psicanálise a um desenho.
De facto, e após todo o suspense criado há uma semana, aqui, o vosso amado (ou não) Pintelho pede um rufo... Rufos, por favor...
Já estão a imaginar?
Obrigado!
Senhoras e senhores, meninas e meninos, pêlos púbicos e pêlos púbicas, eis a grandiosa obra de arte da família Demente, colorida com um desenho dessa celebérrima personagem que dá pelo nome de Anónima! Eis o nosso objecto de estudo... A árvore genealógica, ou o jardim sexual:
E agora, a mais que esperada psicanálise gratuita ao desenho.
Por favor, recline-se no divã!
Não pode? O seu computador é um desktop? Ora, bolas... E impressora, não?! Isso!
Respire fundo e relaxe. Agora, abra a sua mente...
A psicanálise vive do pormenor. Se não consegue ler os nomes que estão escritos na árvore é porque eu não quero que os leia mas sim que se concentre nos pormenores, ou seja, em todo o ambiente criado em torno da árvore.
Comecemos pelo próprio ser Plantae que se encontra na imagem. Notemos na folhagem... São riscos simples, que lembram encaracolados pêlos... E pêlos são Pintelhos... E Pintelhos... Pois, meus adorados leitores, a copa da árvore revela um claro fetiche por homens peludos por parte da autora do desenho. Sem dúvida alguma.
Descendo ao tronco, podemos notar que é ligeiramente inclinado, mas tem um aspecto rijo e firme. Podemos também extrapolar este traço desde o tronco até ao órgão sexual masculino. A autora tem um claríssimo fetiche por homens cujo pénis tenha um tamanho e robustez consideráveis.
De notar que, se até agora estamos a analisar a árvore à luz da teoria freudiana, isto deve-se às projecções que a autora do desenho fez da sua vida sexual no papel. Mas adiante...
Do tronco da árvore sai um ramo mais fino, ainda que relativamente grosso, cuja forma é claramente a de um falo... Mas este falo, desprovido de pelagem, parece inanimado. Creio mesmo que aqui está a projecção de um sonho em ter relações com algo inanimado... Quiçã um vibrador!
Perto da árvore podemos ver insectos a voar. Sexo no avião, claramente!
O cão, sentado, com atitude passiva, é uma projecção manifesta de uma relação com o cão da vizinha que correu mal... Pela expressão do canídeo, pode ler-se o motivo: o cú da autora parnão agradou ao bicho.
Enfim, e para terminar, foquemo-nos na escandalosa imagem da menina (hm... falando de Freud, menina é mau... rapariga!), rapariga, perdão, que baloiça pendurada na árvore, com um balão atado à mão direita. E é pelo balão que devemos começar. Ora, prender bolas é uma atitude bastante sádica, pois qualquer mulher sabe que isso é extremamente doloroso para o homem... A corda que ata o balão ao seu pulso pode perfeitamente ser a representação da trela que a autora pensa usar para prender os ditos cujos do homem e, assim, o dominar. Ou não!
Mas reparem que tudo no desenho da rapariga (menina?) foi colocado para fazer sentido. O seu cabelo, preso por dois totós, representa o masoquismo da sua figura, que, como certamente compreenderão, além de dominar o homem pelos tintins, quer ser por ele dominada pelos cabelos... E não necessariamente os de cima...
O baloiço, esse, é o símbolo típico da mulher amalucada. Em cima não de uma tábua, mas de um pau, a extrovertida mulher, com a saia levantada, baloiçará como doida, se tiver oportunidade. De notar também o modo como ela segura as cordas do baloiço, numa atitude claramente ligada ao já mencionado sadomasoquismo. As cordas são a mais que clara projecção de chicotes de cabedal, que a rapariga (menina, vá...) usará para dominar o fálico animal que dá pelo nome de homem...
Por fim é de notar a configuração do cabelo da miúda, a lembrar uma genitália feminina (façam o esforço, vá...). Ora, uma pachacha em cima da cabeça e um falo no cú só podem significar uma coisa: ménage à trois...
E é assim, caros leitores, que se passa o início de noite em Braga, enfiado num café, a analisar com os colegas um desenho...
Pintelho
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Eu sei que sim...
Sei que, de facto, este texto vem com um atraso quasi-quasi-incomensurável, mas o certo é que vem.
E o importante é vir... Vir é que sabe bem, ou não fosse este texto uma psicanálise a um desenho.
De facto, e após todo o suspense criado há uma semana, aqui, o vosso amado (ou não) Pintelho pede um rufo... Rufos, por favor...
Já estão a imaginar?
Obrigado!
Senhoras e senhores, meninas e meninos, pêlos púbicos e pêlos púbicas, eis a grandiosa obra de arte da família Demente, colorida com um desenho dessa celebérrima personagem que dá pelo nome de Anónima! Eis o nosso objecto de estudo... A árvore genealógica, ou o jardim sexual:
E agora, a mais que esperada psicanálise gratuita ao desenho.
Por favor, recline-se no divã!
Não pode? O seu computador é um desktop? Ora, bolas... E impressora, não?! Isso!
Respire fundo e relaxe. Agora, abra a sua mente...
A psicanálise vive do pormenor. Se não consegue ler os nomes que estão escritos na árvore é porque eu não quero que os leia mas sim que se concentre nos pormenores, ou seja, em todo o ambiente criado em torno da árvore.
Comecemos pelo próprio ser Plantae que se encontra na imagem. Notemos na folhagem... São riscos simples, que lembram encaracolados pêlos... E pêlos são Pintelhos... E Pintelhos... Pois, meus adorados leitores, a copa da árvore revela um claro fetiche por homens peludos por parte da autora do desenho. Sem dúvida alguma.
Descendo ao tronco, podemos notar que é ligeiramente inclinado, mas tem um aspecto rijo e firme. Podemos também extrapolar este traço desde o tronco até ao órgão sexual masculino. A autora tem um claríssimo fetiche por homens cujo pénis tenha um tamanho e robustez consideráveis.
De notar que, se até agora estamos a analisar a árvore à luz da teoria freudiana, isto deve-se às projecções que a autora do desenho fez da sua vida sexual no papel. Mas adiante...
Do tronco da árvore sai um ramo mais fino, ainda que relativamente grosso, cuja forma é claramente a de um falo... Mas este falo, desprovido de pelagem, parece inanimado. Creio mesmo que aqui está a projecção de um sonho em ter relações com algo inanimado... Quiçã um vibrador!
Perto da árvore podemos ver insectos a voar. Sexo no avião, claramente!
O cão, sentado, com atitude passiva, é uma projecção manifesta de uma relação com o cão da vizinha que correu mal... Pela expressão do canídeo, pode ler-se o motivo: o cú da autora parnão agradou ao bicho.
Enfim, e para terminar, foquemo-nos na escandalosa imagem da menina (hm... falando de Freud, menina é mau... rapariga!), rapariga, perdão, que baloiça pendurada na árvore, com um balão atado à mão direita. E é pelo balão que devemos começar. Ora, prender bolas é uma atitude bastante sádica, pois qualquer mulher sabe que isso é extremamente doloroso para o homem... A corda que ata o balão ao seu pulso pode perfeitamente ser a representação da trela que a autora pensa usar para prender os ditos cujos do homem e, assim, o dominar. Ou não!
Mas reparem que tudo no desenho da rapariga (menina?) foi colocado para fazer sentido. O seu cabelo, preso por dois totós, representa o masoquismo da sua figura, que, como certamente compreenderão, além de dominar o homem pelos tintins, quer ser por ele dominada pelos cabelos... E não necessariamente os de cima...
O baloiço, esse, é o símbolo típico da mulher amalucada. Em cima não de uma tábua, mas de um pau, a extrovertida mulher, com a saia levantada, baloiçará como doida, se tiver oportunidade. De notar também o modo como ela segura as cordas do baloiço, numa atitude claramente ligada ao já mencionado sadomasoquismo. As cordas são a mais que clara projecção de chicotes de cabedal, que a rapariga (menina, vá...) usará para dominar o fálico animal que dá pelo nome de homem...
Por fim é de notar a configuração do cabelo da miúda, a lembrar uma genitália feminina (façam o esforço, vá...). Ora, uma pachacha em cima da cabeça e um falo no cú só podem significar uma coisa: ménage à trois...
E é assim, caros leitores, que se passa o início de noite em Braga, enfiado num café, a analisar com os colegas um desenho...
Pintelho
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