Um blog de todos nós. Afinal, pintelhos todos temos... Uns mais, outros menos...

sexta-feira, dezembro 31, 2004

Um post em números

25.087 visitas (à hora de edição deste post).
502 textos escritos (obrigado pelas breves colaborações, Caramelo e Black Eyed).
92.381 palavras escritas (aqui não se incluem as dos colaboradores).
31.622.400 segundos on-line.
O equivalente a 527.040 minutos.
8.784 horas.
366 dias.
1 ano de existência no triângulo das bermudas da blogosfera, na púbis deste enorme vício, com ou sem banho checo, rapadinho ou mais comprido.
Perdoem-me, hoje, esta vaidade e este orgulho, mas quero-me felicitar a mim próprio.
Hoje, menino Pintelho, estás de parabéns. Nasceste há precisamente um ano.
Parabéns a mim.

E como prenda a mim próprio, ou para me envergonhar, decidi pesquisar os arquivos, os anais da história deste monstro chamado Diário de um Pintelho, para descobrir a qualidade da minha escrita, há um ano atrás. Pensei em colocar aqui o meu primeiro post, mas... Acho que não. É que, sabem... Não parece meu, não mesmo... Aconselho-vos a não o procurarem por vós próprios, não... Não, não, não mesmo!

Um bom ano!

Pintelho

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quinta-feira, dezembro 30, 2004

É por isso que o país está como está...

25000 visitas?! Eu?!
Depois não produzem, pois não... Andam a ler textos deses, textos com a qualidade dos meus, ou seja, pintelhices, e depois não produzem, não trabalham... Ficam marados dos cornos, como eu! Muito e muito obrigado a todos... Sem vocês este blogue nunca teria feito sentido.
Sois grandes em me aturar, e maiores ainda em não desistir. Muito obrigado!

Pintelho

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quarta-feira, dezembro 29, 2004

À que amo

Amar e ser amado...
É o mais doce pecado.

Rima e é verdade.

Acordei. Sabia estares prestes a chegar, devias estar a caminho, pensei.
Rapidamente, e para não desperdiçar mais tempo que o estritamente necessário, para que o resto restasse para algo mais que um resto de amor, para um amor todo, íntegro, sem restos, tomei o pequeno-almoço, não demasiado volumoso, para manter o abdómen pouco inchado. Manias de Pintelho, ou talvez não... É desagradável a saliência da pança quando nela apoias a tua terna cabeça.
Lavei-me, para não parecer porco. O porco que dizes que sou, para minha vergonha... Não me lavarei convenientemente? Ou chamar-me-às porco devido a outros pormenores, que são, de uma outra forma, agradáveis?
Chegas, então, apressada. Adormeceste...Mau prenúncio, quando adormeces, mesmo sabendo que a manhã que nos espera é nossa, só nossa. Será apenas um mau prenúncio?
Abro-te a porta. Entras. Beijas-me calorosamente. Dos teus lábios sinto o teu amor, do teu corpo, o desejo... Ou melhor, quem deseja sou eu, e projecto. Desejo-te, e tu sabes... Ser teu. Só teu. E ter-te só para mim. E venerar este egoísmo que assumo e protejo. Sou egoísta, orgulhoso de ti e de mim. Do que é nosso e construímos.
Construímos, construimos e construiremos. Ontém, esta manhã, amanhã. Esta manhã...
Esta manhã vivi. Foi intensa, bela,
Unimo-nos numa manhã passada em devaneios amorosos. O mundo fechado, resumindo-se àquele quarto. A este quarto onde agora me sento, escreve, e fito o leito, o leito em que nos perdemos e amámos, em que nos perdemos e amamos, em busca de inspiração. Em busca de lembranças. Das lembranças. Daquelas que hoje me fizeste construir para não esquecer tão cedo. Pelo menos não até ao dia em que a intensidade do nosso amor supere a desta manhã.
Voltando ao mau prenúncio. Não passou disso, como de certo percebeste assim que começaste a ler esta carta que decidi abrir ao mundo. Porque há sentimentos que devíamos anúncicar, espalhar... Quem sabe o amor não se contagia? E como seria bom se todos amássemos e fôssemos amados. Como eu te amo, como sou amado.
Por isso te escrevo, Pintelha (aqui cai todo o romantismo desta carta). Para, em alguns milhares de caractéres, deixar sublinhada uma frase, uma só palavra: Amo-te!
Sem ti, a minha vida faria muito menos sentido, como fazem os campos gelados no Inverno, sem a verde relva a ondular ao doce sabor do vento.
E, já agora, se não for pedir demais. Não deixes que o campo onde vivo conheça o Inverno...

Com todo o amor

Pintelho

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terça-feira, dezembro 28, 2004

Significados perdidos

Após esta época de Natal, em que me arredei da minha púbica página pessoal, e em que toda a minha reflexão se concentrou no seio da família e amigos, bem como na minha púbica e verdadeira amante, o mais precioso dos meus presentes de Natal, voltei a filosofar acerca de outros conceitos, descobrindo que a não nuclearidade não é inimiga da necessidade. É que há conceitos, ao que consta, que são pouco centrais na filosofia, mas extremamente importantes na vida quotidiana.
E digo "ao que consta", caríssimos leitores, porque há conceitos que, tendo caído em desuso no meu vocabulário, perderam para mim o seu significado, a sua validade.
Sei que pensais que para escrever estas linhas, de certo tenho um qualquer conceito encravado na garganta, qual espinha. Não andais longe da verdade. De facto o que se passa é que o digeri, tanto e tão bem, que até os seus vestígios deixaram a minha memória, desapareceram, tendo surgido a necessidade de me voltar a alimentar dele.
Refiro-me às férias. Férias? Vai na volta e ainda descobrem que sofro de uma agnosia específica relativa ao reconhecimento do conceito de férias. Mas é verdade. Não o reconheço. É por isso que lanço o apelo. Queridíssimos leitores (e aqui entra a graxa): Podeis ajudar-me a rencontrar o significado de férias, agora que terminei o último trabalho do semestre e tenho três dias para gozar? Ajudai-me a reencontrar o perdido sentido destes três dias de vida, que não quero desperdiçar. Mas sejam criativos... Quem sabe uma resposta criativa não merece entrada directa para o dicionário com um post e tudo?

Pintelho (Espero que o vosso Natal tenha sido tão bom ou melhor que o meu! Sois grandes só por me aturares)

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quarta-feira, dezembro 22, 2004

É Natal, é Natal... Mas sem porcarias destas, pá!

Andava eu, sossegadito da vida, e com a minha Pintelha do coração (foi ela que pediu para que a mencionasse, enfim... Vaidades!) a fazer as últimas compras de Natal (mãe Pintelha, prepara-te!), na minha terrinha pacata, cidade na qual a sexualidade é tabú, pois claro (nem todas as cidades se podem gabar de ter um Cónego Melo fascista com direito a uma estátua, que felizmente nunca chegou a ser colocada), cidade onde Freud não passou para espalhar a palavra da sexualidade, quando me deparei com as iluminações de Natal...
Pronto, eu admito que já as tinha visto e a ideia para este post já me ocorreu há uns dias atrás, mas é muito mais emocionante fazer de conta que foi só hoje!
Continuando...
Deparei-me, estupidamente, com as iluminações de Natal, que achei, francamente, pobres (obrigado senhor Engenheiro Mesquita Machado). Claro que, na maldita hora em que as vi, logo Freud se apoderou do meu id, subvertendo quaisquer tentativas do superego de o controlar de alguma forma, pelo que, automaticamente, analisei a criativa (em tempos, diria creativa, para ser mais criativo) iluminação oferecida pelo Engenheiro, responsável último pela magnifica imagem que se segue, à luz da psicanálise:




Queridíssimos (este adjectivo e respectivo grau superlativo absoluto sintético são cortesia do meu púbico espírito natalício... Aproveitem!) leitores, eis a revelação da verdadeira sexualidade expressa pelo Presidente da autarquia bracarense, nesta iluminação com que nos brinda:
Comecemos pelo geral, e particularizemos depois. O conjunto de lâmpadas patentes na figura representam, para o comum dos mortais, uma vela ardente, enfeitada por azevinho, com um halo de luz à volta. Contudo, para o perspicaz psicanalista, a fantasia natalícia é tudo menos isso... De facto, é a sexualidade à tona da água, pela criatividade artística.
A vela, evidentemente, é a representação do desejo presidencial por um falo enorme e brilhante de óleo. O Engenheiro quer um falo no seu halo... Isto porque o halo representa, sem margem para dúvidas, o ânus de Mesquita Machado, por incrivelmente nojenta que a imagem de termos o cú do presidente espalhado pelas ruas pareça. E o halo pisca, leitores. Eu sei que na imagem não pisca... Mas isso é porque a imagem é apenas isso... Uma representação estática da realidade! Pisca porque o presidente queria representar com isso o movimento de penetração... O halo aceso significa que o falo está fora, o halo apagado está-o porque o falo, após penetrar, o tapa completamente, pelo que deixa adivinhar que o desejo presidencial é oriundo de África. Ai, o mito do pénis africano! Invejo os homens que não precisam de se esforçar para convencer as mulheres de seus atributos.
Continuando, e concentrando-nos na gaita. Esta apresenta uma chama, representativa do orgasmo atingido aquando da penetração. É porco, eu sei, mas são os desejos de Mesquita. De facto, se repararmos com atenção, este é o segundo orgasmo, pois o primeiro já é pretérito, mas deixou os seus vestígios sob a forma de cera derretida pela vela abaixo. O Presidente quer mesmo uma noite de borguice com o africano!
Quanto ao azevinho, esse, não é totalmente uma referência sexual mas passa, pelo menos parcialmente, por uma homenagem. A sexualidade primeiro: As três bolas. Três porquê? Porque simbolizam três testículos que, em sendo um desejo irreal, se concretizam em dois, mas bem grandes e cheios de esperma. Quem sabe a noite não continua após os dois orgasmos já expressos? O tamanho das bolas também é importante porque, e no caso concreto, realça o tamanho do órgão masculino, do dito caralho. African size.
Em suma, e como conclusão deste texto psicanalítico, há um ensinamento a retirar: o mesmo cú que caga para os cidadãos bracarenses será este Natal múltiplas vezes penetrado por um vergalho africano!

Pintelho

Olá! Mas pensam que me esquecia?! Nãh! Lembram-se da dita homenagem? É que as folhas do azevinho, de facto, representam os Pintelhos do africano. Mas não por serem do africano. Estão lá para homenagear a principal e mais célebre figura da cidade de Braga, o autor deste texto. Obrigado Engenheiro Mesquita Machado.

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Ainda na onda dos posts curtos

Tenho uma confissão a fazer.
Há uma questão que me atormenta o espírito (ai, Jesus, um Psi a falar de espírito...).
O facto é que, ao longo das últimas noites, não tenho sequer conseguido dormir, flechado mentalmente pela questão assassina que turva a minha pacata e simpática existência.
Penso que, se não conseguir rapidamente responder a esta questão, vou morrer de cansaço por falta de sono. É que sou incapaz de dormir...
Apesar das dúvidas sobre colocar ou não esta questão a todos vós, mesmo correndo o risco de, também vós, dares em doidos na procura da resposta, optei por deixá-la cá, e esperar que uma mente sabichona responda, através do sistema de comentários, e me devolva a tranquilidade do sono.

Afinal, por que raio é que na Primária nos dizem que um semestre tem seis meses, se no Superior basta olhar para o calendário para notar que apenas tem três? Quem nos anda a enganar?

Pintelho (que puta de questão difícil!)

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domingo, dezembro 19, 2004

Citação

Este será um momento histórico, aqui, nas páginas deste humilde berlogue., protagonizado por mim mesmo, que me sinto orgulhoso da minha citação. Caríssimos leitores, anotem, pois esta frase mudará as vossas vidas:

Nunca queiram sentir cólicas intestinais, pois estas são uma merda e não vos deizam confortáveis.

Eu disse. Digam lá se não se sentem outros? As vossas vidas nunca mais serão as mesmas... Nunca mais... Já eu, gostava que as malditas cólicas me abandonassem...

Pintelho

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sábado, dezembro 18, 2004

Televisão

Nada pior que o título deste post para começar este post.
Tão genérico, tão fútil, tão... Enfim...
O título apropriado seria: "As cenas que fazem as pilas em frente a uma montra a ver um jogo de futebol, só porque a estação que o transmite é codificada".
Isro porque, ia o pêlo mais púbico da blogosfera portuguesa, euzinho, a subir uma avenida cá da terra, sim, porque cá na minha terra também há avenidas, com dois quilómetros ou menos, quando vê um ajuntamento de homens, seres providos de minúsculo encéfalo, em frente à montra de uma loja de uma agência de televisão por cabo, cujo nome começa por T, acaba em O, e tem pelo meio, e numa ordem completamente diferente (ou não) desta, as letras V Cab.
Pensei então que algo de grave se teria passado. Afinal, seres tão inteligentes só formam aglomerados quando algo de realmente importante se passa.
A acompanhar-me nesta perigosa investigação levei a Pintelha mais famosa da nossa blogosfera, porque dois pintelhos pensam sempre melhor que um, e o facto foi que descobrimos que os intelijumentos seres olhavam, perplexos, uma televisão. De pé, à chuva, ao frio, de noite, a olhar para um aparelho que estava iluminado, no interior da loja, protegido da intempérie por um vidro que dá pelo termo montra, e aquecida por um outro aparelho, o aparelho do ar condicionado.
Pensei, logo, e usando de toda a minha portentosa lógica, que os homens estavam a cobiçar as excelentes condições de conforto de que a televisão disfrutava. Afinal, que outro motivo teriam para ficar a olhar para ela?
"Não, Pintelho, amor do meu coração... Eles estão mesmo a assistir ao jogo de futebol! São homens, afinal!"
"Como? Assistir ao jogo com este frio todo?"
São homens...
São homens...
São homens, mas francamente... Será que não têm Pintelhas?
Ainda não estou em mim... A ver o futebol?
É que, como alguns de vocês saberão, não há, para mim, imagem mais abichanada que um homem à chuva só para ver a imagem de um outro, em calções, a correr atrás de bolas, projectada num ecrã... Que paneleirice... Que boiolas... À chuva para ver gajos atrás de bolas?
Bãh...

Pintelho

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sexta-feira, dezembro 17, 2004

Sniff... Sniff...

Esta onomatopeia será, supostamente, o som produzido por uma inspiração tipicamente voltada para a captação de odores, que é como quem diz, para cheirar.
Sniff... Sniff...
Já cheira a férias. Ou mini-férias. Ou lá o que é.
É que ainda há trabalhitos a fazer, e depois vêm os exames... Mas já não há apresentações, nem relatórios, nem nenhuma dessas tarefas que fazem da vida de um estudante qualquer coisa de muito ocupada, ao contrário do que se possa pensar.
E este cheiro a férias é bom...
Cheira a prendas de Natal, a doces, muitos doces, com suas calorias para energizar a época de exames e o segundo semestre. Cheira também a tempo para o blog e, acima de tudo, para visitar outros blogs, os deles, e delas, e de todos... Cheira a tempo para a guitarra, cujas cordas têm sentido pouco os meus dedos nelas a suavemente tocar. Cheira a tempo para a Pintelha, e isso é importante, pois os últimos três meses quase não tiveram vida amorosa englobada... Mas o cheiro não é assim tão agradável. Olhem... Cheira a fotocópias para arrumar, às toneladas. Cheira a estudo. Livros, livros, fotocópias, blá blá. Cheira à separação do pessoal que deu uma nova cor à minha vida de pêlo púbico... É como tudo... Crescemos, e os pêlos púbicos que nos rodeiam multiplicam-se!
Cheira a uma boa época, para matar saudades daqueles de quem gosto mas para os quais não tenho tempo de dizer: adoro-vos.
Cheira bem. Não cheira a Lisboa, mas cheira a uma Braga diferente. Física e menos psicologica. Mais familiar, com menos amigos... Cheira a uns dias diferentes, e ao descanso que muita falta me faz! Cheira...
Sniff... Sniff... Cheira-me que vou poder por o sono em dia... Ou não!

Pintelho

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quinta-feira, dezembro 16, 2004

Depois da tempestade...

Vem o melhor. Vem a bonança. E a bonança encerra em si uma tempestade.
De sentimentos e de sentires. Uma bonança de bons momentos, marcada por uma tempestade de emoções.
A tempestade inicial, desagradável, temível, perigosa, tem sabores... É agridoce. Amarga pela insegurança, desentendimento, medo, desamparo. O verdadeiro vendaval. Doce pelo saber, pela certeza dos sentimentos e daquilo que eles representam. E pensamos, como bons marinheiros, que se dá mais valor ao bom tempo quando ele é precedido da tempestade.
E hoje foi um dia de bonança.
Um dia que, não muito calmo, na ressaca da tempestade, marcou a nossa embarcação. Afinal, se na nossa jangada só cabem dois e os dois precisam de remar, hoje foi o dia em que ambos remámos, com força, rumo ao nosso pequeno paraíso, àquele nosso paraíso... O tal...
Hoje estou mais leve, sem aquele peso exercido pela pressão atmosférica em dias de tempestade. Uns quilos... Hoje serei capaz de levitar... Ou não, mas que importa?! Não importa!
Importa ser teu, só teu, e tu minha, só minha... Com três, a nossa jangada vai ao fundo. Mete água.
Hoje soube bem... Soube àquele teu cacau brasileiro... Talvez colhido numa viagem pelo Amazonas, sei lá... Não interessa onde. Interessa com quem. E esse quem é quem mais significa para mim, quem eu não mais quero magoar.
Esse quem é quem eu quero, adoro, amo... É quem eu quero cuidar, proteger, e proteger começa por ser a prevenção de futuras tempestades!

Pintelho (que lamechas, que paneleiro, que gay... Risquem este post, ok? Amanhã acaba o semestre e o blogue, fica prometido, vai voltar a estar mais activo, como nos bons tempos...

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quinta-feira, dezembro 09, 2004




38 anos que terminam em palco, a tocar, porque um louco resolve, julgando poder dar espectáculo, subir a palco e desatar aos tiros.
Um senhor com um estilo inconfundível, com uma guitarra cujo som era penetrante, membro de uma das maiores bandas do thrash metal da história, terminada o ano passado. Fundou os Damageplan, continuando com o irmão na bateria. Os Pantera deixam saudades, mas o novo projecto era, também ele, de qualidade superior. Outra coisa não seria de esperar.
Da vida dele, só não invejo o fim... Tocou frente a mais de 80.000 fãs, encabeçando um cartaz com nomes como Slayer e Dream Theater. Da sua ESP nunca ouvi uma nota que não tocasse bem fundo num fã de thrash metal...
E que sentido, com um fim destes, em palco, a fazer aquilo que melhor sabia fazer?
Revolta-me e revolto-me...
Restam os testemunhos que deixou em disco, vídeo, e em muitos guitarristas que o seguem e seguirão.

Dimebag Darrell, o senhor que um dia sonhou, com os seus amigos e irmão, renascer com olhos de serpente e tornar-se do tamanha de um Deus. E conseguiu-o, para muitos milhões...

Pintelho (não há palavras... Desculpem este post, mas da morte não ouso fazer (ou ousar fazer) arte.)

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sexta-feira, dezembro 03, 2004

Psicanálise no café ou A demência II

Pois é, caros leitores.
Eu sei que sim...
Sei que, de facto, este texto vem com um atraso quasi-quasi-incomensurável, mas o certo é que vem.
E o importante é vir... Vir é que sabe bem, ou não fosse este texto uma psicanálise a um desenho.

De facto, e após todo o suspense criado há uma semana, aqui, o vosso amado (ou não) Pintelho pede um rufo... Rufos, por favor...
Já estão a imaginar?
Obrigado!
Senhoras e senhores, meninas e meninos, pêlos púbicos e pêlos púbicas, eis a grandiosa obra de arte da família Demente, colorida com um desenho dessa celebérrima personagem que dá pelo nome de Anónima! Eis o nosso objecto de estudo... A árvore genealógica, ou o jardim sexual:




E agora, a mais que esperada psicanálise gratuita ao desenho.

Por favor, recline-se no divã!
Não pode? O seu computador é um desktop? Ora, bolas... E impressora, não?! Isso!
Respire fundo e relaxe. Agora, abra a sua mente...
A psicanálise vive do pormenor. Se não consegue ler os nomes que estão escritos na árvore é porque eu não quero que os leia mas sim que se concentre nos pormenores, ou seja, em todo o ambiente criado em torno da árvore.
Comecemos pelo próprio ser Plantae que se encontra na imagem. Notemos na folhagem... São riscos simples, que lembram encaracolados pêlos... E pêlos são Pintelhos... E Pintelhos... Pois, meus adorados leitores, a copa da árvore revela um claro fetiche por homens peludos por parte da autora do desenho. Sem dúvida alguma.
Descendo ao tronco, podemos notar que é ligeiramente inclinado, mas tem um aspecto rijo e firme. Podemos também extrapolar este traço desde o tronco até ao órgão sexual masculino. A autora tem um claríssimo fetiche por homens cujo pénis tenha um tamanho e robustez consideráveis.
De notar que, se até agora estamos a analisar a árvore à luz da teoria freudiana, isto deve-se às projecções que a autora do desenho fez da sua vida sexual no papel. Mas adiante...
Do tronco da árvore sai um ramo mais fino, ainda que relativamente grosso, cuja forma é claramente a de um falo... Mas este falo, desprovido de pelagem, parece inanimado. Creio mesmo que aqui está a projecção de um sonho em ter relações com algo inanimado... Quiçã um vibrador!
Perto da árvore podemos ver insectos a voar. Sexo no avião, claramente!
O cão, sentado, com atitude passiva, é uma projecção manifesta de uma relação com o cão da vizinha que correu mal... Pela expressão do canídeo, pode ler-se o motivo: o cú da autora parnão agradou ao bicho.
Enfim, e para terminar, foquemo-nos na escandalosa imagem da menina (hm... falando de Freud, menina é mau... rapariga!), rapariga, perdão, que baloiça pendurada na árvore, com um balão atado à mão direita. E é pelo balão que devemos começar. Ora, prender bolas é uma atitude bastante sádica, pois qualquer mulher sabe que isso é extremamente doloroso para o homem... A corda que ata o balão ao seu pulso pode perfeitamente ser a representação da trela que a autora pensa usar para prender os ditos cujos do homem e, assim, o dominar. Ou não!
Mas reparem que tudo no desenho da rapariga (menina?) foi colocado para fazer sentido. O seu cabelo, preso por dois totós, representa o masoquismo da sua figura, que, como certamente compreenderão, além de dominar o homem pelos tintins, quer ser por ele dominada pelos cabelos... E não necessariamente os de cima...
O baloiço, esse, é o símbolo típico da mulher amalucada. Em cima não de uma tábua, mas de um pau, a extrovertida mulher, com a saia levantada, baloiçará como doida, se tiver oportunidade. De notar também o modo como ela segura as cordas do baloiço, numa atitude claramente ligada ao já mencionado sadomasoquismo. As cordas são a mais que clara projecção de chicotes de cabedal, que a rapariga (menina, vá...) usará para dominar o fálico animal que dá pelo nome de homem...
Por fim é de notar a configuração do cabelo da miúda, a lembrar uma genitália feminina (façam o esforço, vá...). Ora, uma pachacha em cima da cabeça e um falo no cú só podem significar uma coisa: ménage à trois...

E é assim, caros leitores, que se passa o início de noite em Braga, enfiado num café, a analisar com os colegas um desenho...

Pintelho

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